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Será que é hora de descontaminar sua plataforma/FPSO?
Você, supervisor ou gestor que está embarcado, está preocupado com os níveis de radiação na […]
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Atualizado em 11/02/2021
A visão geral é de que a radiação só está no contato direto com elementos brilhantes e altamente tóxicos, porém é importante lembrar que ela não tem som, cor ou cheiro. Mas afinal, de onde vem a radiação?
A radiação e os materiais radioativos existem no espaço sideral desde a origem do universo e permanecem aqui até hoje. Ela é uma propagação de energia, na forma de ondas eletromagnéticas ou de partículas. No vácuo, sua velocidade de propagação é de 300.000 km/s.
Começamos a usar alguns dos elementos radioativos a partir do séc. XIX e não paramos até hoje. Sempre aprendendo e desenvolvendo ainda mais as suas potencialidades, mas nunca esquecendo dos seus perigos e cuidados necessários.
A exposição à radiação pode ser classificada em razão de suas fontes, com foco no que a população em geral recebe. As normativas em torno da radioproteção preveem que a exposição à radiação deve ser encarada por diferentes grupos.
Por essa razão, tornou-se obrigatório o fornecimento de informações adicionais a pacientes – os quais são expostos devido ao uso médico da radiação – e sobre pessoas expostas em seus locais de trabalho.
Outra maneira de classificar a exposição à radiação é verificar de que modo ela nos irradia. Substâncias radioativas e a própria radiação presentes em determinado ambiente podem irradiar ao nosso corpo de fora – externamente.
Ou nós podemos inalar substâncias presentes no ar, ingerir na comida ou na água, ou ainda, absorver através da pele ou de ferimentos, sendo irradiados por dentro – internamente.
De modo global, doses de exposições internas e externas são tratadas quase da mesma forma.
A dose efetiva média anual global por pessoa é de cerca de 2,4 mSv, e varia em cerca de 1 mSv a mais de 10 mSv, dependendo do local onde as pessoas vivem.
Quando falamos em radiação é importante levar em conta o tempo de exposição ao material radioativo por contaminação ou irradiação. Contudo, temos que levar em consideração de onde vem a radiação, já que estamos diariamente expostos a ela.
Existem diversos tipos de radiação, algumas são inofensivas e outras facilmente bloqueadas.
Todas as espécies de seres vivos da Terra têm existido e evoluído em ambientes nos quais têm sido constantemente expostos à radiação natural. Desde o século passado, os humanos e outros organismos vivos passaram a ser expostos também a fontes artificiais desenvolvidas pelo próprio homem.
Por estarem presentes na Terra desde o seu surgimento, não há maneira de evitarmos a exposição às fontes naturais de radiação. Entretanto, nossa exposição pode ser modificada pelas escolhas que fazemos, como vivemos, onde moramos, ou o que comemos e bebemos.
Os edifícios, por exemplo, podem apresentar um gás radioativo específico, chamado Radônio, ou os materiais que compõem o edifício podem conter radionuclídeos que aumentem a exposição à radiação.
Os raios cósmicos são a maior fonte natural de exposição externa à radiação. A maioria desses raios tem origem no mais profundo espaço interestelar; alguns são liberados pelo Sol durante as erupções solares. Esses irradiam a Terra diretamente e interagem com a atmosfera, produzindo diferentes tipos de radiação e de materiais radioativos.
Com relação às fontes artificiais de radiação, sua principal origem são os dispositivos de diagnóstico e terapia utilizados na área médica. São eles: os aparelhos de controle, os aparelhos de radiografia e os medidores usados na indústria e no comércio, as instalações do ciclo do combustível nuclear e as máquinas utilizadas na pesquisa científica.
No Brasil, a radiação vem das instalações industriais que se destacam por irradiadores de grande porte, sendo que grande parte deles é destinado à esterilização, e uma minoria é destinada à irradiação de componentes para cosméticos e ração animal.
Ressalta-se também, o avanço na área de perfilagem de poços de petróleo onde já constam mais de vinte instalações distribuídas em diferentes regiões do país.
A maior incidência de materiais radioativos em atividades econômicas ocorre nas indústrias de produção de energia, mineração, tratamento de água e produtos de consumo.
No Brasil, as principais empresas que devem estar preocupadas com os riscos dos efeitos radioativos são aquelas ligadas aos setores de carvão, óleo e gás.
As indústrias que trabalham com Monazita, Óxido de titânio, Zircônio, Mineração de fosfato e produção de ácido fosfórico, Nióbio, Estanho e Cobre também devem estar atentas.
Usaremos o exemplo das offshores, empresas ligadas ao ramo petrolífero. Na produção de óleo e gás, tipicamente, o conteúdo de água de produção inicial de petróleo e de gás em um reservatório é baixo. Conforme a pressão natural dentro da formação cai, a água presente no reservatório aumenta proporcionalmente à produção. Essa formação de água contém sais minerais dissolvidos contendo naturalmente mais partículas radioativas.
Outra prática normal dessa indústria é injetar água do mar tratada dentro do reservatório conforme as reservas de petróleo e gás são recuperadas, com a intenção de elevar a pressão na formação. Essa água injetada pode ser mais salina que a água natural da formação e, consequentemente, pode dissolver sais radioativos adicionais de minerais presentes nos diversos estratos geológicos.
Com isso, o óleo e gás produzidos são extraídos passando por linhas de produção, filtros, tanques, vasos e demais partes que fazem com que as partículas radioativas agregadas à água, sais e areia se acumulem nas paredes internas de todas as partes pelas quais circulam (incrustações).
As incrustações são exemplos de acúmulo de um material chamado de TENORM.
As partículas atômicas instáveis que estão distribuídas na natureza se acumulam conforme a formação rochosa e composição característica de cada ambiente. Esse acúmulo é conhecido como background e compõe o TENORM, que por sua vez, pode causar graves danos à saúde humana e ao meio ambiente.
No caso de exposições às radiações provenientes do NORM, não existem restrições legais, dado que elas são provenientes da própria natureza. A partir do momento que estes isótopos são, de alguma forma manipulados pelo homem, o material passa a ser denominado TENORM, sendo então regulado pela CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear).
Daí por diante, toda exposição às radiações oriundas do TENORM precisam ser monitoradas e controladas.
O TENORM encontrado em petrolíferas é um bom exemplo de materiais radioativos de ocorrência natural.
A radiação, em especial a radiação ionizante, acarreta diversos efeitos biológicos aos indivíduos expostos a ela, de acordo com a dose e a forma de resposta. Por isso, a melhor forma de evitar os efeitos estocásticos e determinísticos da radiação ionizante no ambiente de trabalho é através de um Serviço de Radioproteção bem preparado.
Se na sua equipe tem ou se você mesmo é um IOE (Indivíduo Ocupacionalmente Exposto), estabelecer um Plano de Radioproteção detalhado e eficiente é de extrema necessidade.
Quando você trabalha em uma indústria que utiliza fontes radioativas em seus processos é necessário que todos os profissionais expostos à radiação tenham a proteção adequada de acordo com as normas da CNEN, órgão responsável pela regulação e fiscalização de tudo que envolve radiação nuclear no país.
Caso sua empresa ache muito dispendioso implementar um Serviço de Radioproteção, também é possível contratar empresas especializadas para cuidar da proteção radiológica.
Para você que deseja ser um especialista no assunto, preparamos um material completo com tudo o que você precisa saber sobre Radioproteção.
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